O design é uma área que passou por uma evolução significativa ao longo dos anos, acompanhando as mudanças nas tecnologias, nas demandas do mercado e nas preferências estéticas. É uma das áreas que mais se adaptou às novas tecnologias e por isso agrega novas técnicas e vertentes com novas tendências em uma velocidade que muitas vezes deixa até seus profissionais perdidos no tempo.
No início, o design era visto como um ofício manual, em que os designers produziam artesanalmente peças como cartazes, convites e embalagens. Com o tempo, o desenvolvimento das tecnologias de impressão e dos softwares de design gráfico permitiu que o design se tornasse mais acessível e eficiente.
O processo dos projetos antes das ferramentas tecnológicas digitais
Antes da popularização das ferramentas de criação digital, o processo de criação de um projeto de design envolvia um trabalho mais manual e artesanal. Os designers precisavam usar técnicas como desenho à mão livre, pintura, colagem e tipografia mecânica para criar peças gráficas como cartazes, logotipos, embalagens e livros.
O processo de criação começava com a definição do objetivo do projeto e a análise das necessidades do cliente. Em seguida, o designer fazia pesquisas de referências, buscando inspiração em outras obras e até mesmo analisando a concorrência.
Com as ideias definidas, tinha início o processo de esboçar as criações em papel, usando lápis, canetas e marcadores. Os esboços eram refinados em diversas iterações, até que se chegasse a uma solução visual satisfatória.
Depois disso, vinha a etapa de preparar os desenhos finais em papel vegetal, usando técnicas como a ilustração à mão livre, a caligrafia e a tipografia mecânica. Esses desenhos eram então transferidos para a produção final, que envolvia técnicas como litografia, serigrafia, fotocomposição e impressão tipográfica.
O processo de criação de design era, portanto, muito mais trabalhoso e demorado antes da popularização das ferramentas digitais. No entanto, muitos designers ainda usam técnicas manuais em seus processos criativos, mesmo com a disponibilidade das ferramentas digitais, como forma de agregar valor e autenticidade às suas criações.
A evolução através das décadas
Na década de 1950, o design modernista se tornou popular, com ênfase na simplicidade, na funcionalidade e na clareza visual. Esse estilo influenciou muitas áreas do design, como arquitetura, moda e publicidade.
A partir dos anos 60, o design passou a ser cada vez mais utilizado como ferramenta de marketing e comunicação, com empresas investindo em campanhas publicitárias e identidades visuais fortes para se destacar no mercado. Ao mesmo tempo, o design também começou a ser usado para fins sociais e políticos, como a criação de campanhas de conscientização e protestos.
Nos anos 90, com o surgimento da internet e dos dispositivos móveis, o design digital passou a ser uma área cada vez mais importante, com foco na usabilidade, na acessibilidade e na interação com o usuário.
Hoje, o design é uma área ampla e diversa, que engloba desde a criação de interfaces digitais até a concepção de produtos físicos, passando pela identidade visual, embalagens, tipografia, ilustração e muito mais. O design continua em constante evolução, acompanhando as mudanças tecnológicas e culturais e explorando novas possibilidades criativas, por isso profissionais criativos não podem parar jamais de estudar, testar e inovar em seus processos criativos.
Marcos Antônio - Designer Gráfico.